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Os Mistérios do Reino




Jesus disse: "Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado" (Mt 13:11) e "A vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; mas aos outros se fala por parábolas; para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam" (Lc 8:10).

O dito evidencia claramente, como se pode depreender também dos textos canônicos, que Jesus pregava sua doutrina em dois níveis distintos: um mais popular e de fácil entendimento, outro mais profundo, reservado àqueles em quem ele identificava condições suficientes à compreensão de verdades transcendentais. Essa foi sempre a metodologia dos grandes mestres do passado. Os processos de iniciação eram apenas testes para sondar nos candidatos suas possibilidades de aprendizado. Muitos -senão a maioria- eram rejeitados logo de início. Os que passavam pelas provas eram separados para estudo mais demorado de suas verdades. Alguns poucos eram selecionados e pouquíssimos chegavam aos degraus superiores do aprendizado, sendo-lhes revelados os mistérios do reino.

Jesus adotou critérios semelhantes, ainda que dispensando as provas preliminares. Suas observações pessoais, nascidas da convivência diária, proporcionavam-lhe elementos suficientes para distinguir, dentre muitos, aqueles poucos aos quais ele podia, como declara, confiar seus mistérios.

Essa sondagem pedagógica que eram feitas aos ouvintes eram bem utilizadas por seus discípulos que decidiam quem e quando receberiam os mistérios do reino: "E eu, irmãos não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo. Leite vos dei por alimento, e não carne, porque não a podíeis suportar; nem ainda agora podeis;" (ICor 3:1-2)
Paulo também ensinou ao membros de Corinto sobre os dons e de como são manifestados: "porque em espírito fala mistérios". (ICor 14:2)

Nem todos os mistérios podem ser compreendidos pela simples leitura das escrituras, muitas vezes elas apenas nos darão indícios de que esse tipo de mistério era do conhecimento dos homens santos de Deus e para as conhecermos hoje precisamos de revelação moderna.

Daniel, diante do rei Nabucodonozor testificou do poder de revelação: "mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios" (Dan 2:28)

A expressão "não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita" (Mt 6:3) em conexão com a maneira correta de esmolar, mas em Tomé a conotação é outra, parecendo indicar que o conhecimento passado a uns poucos escolhidos não deveria ser transmitido aos demais considerados despreparados para isso. Esse mesmo conceito está implícito na parábola do semeador, de vez que a semente, ou o conhecimento, caído em terreno inadequado é praticamente perdido, pois não tem condições para germinar e, mesmo que o faça, não produz bons frutos. (Mt 13:1-23)

Não há dúvidas, pois, de que Jesus ministrava seus conhecimentos em dois níveis bem distintos.

Aos que procuram maior conhecimento dos mistérios do reino, ou que desejam conhecer a verdade de uma maneira clara à Luz do Evangelho Restaurado e suas revelações modernas, encontrarão aqui a carne que lhes irá nutrir o Espírito.


Citamos as palavras de Joseph F. Smith:

"Cremos em toda verdade, não importa que assunto se refira. Não há um único princípio de verdade que possa existir em qualquer seita ou denominação religiosa no mundo, que não aceitemos ou que rejeitemos. Estamos dispostos a aceitar toda a verdade, independentemente de sua origem, pois ela permanecerá, resistirá a tudo". (Doutrina do Evangelho, Centro Editorial Brasileiro, 1975, p.1)

Procuraremos expor a verdade em sua mais bela e coerente interpretação, buscando despertar em cada leitor a consciência de que os oráculos dos céus estão abertos a todos os que diligentemente o buscarem.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Postado Por: Dan Jones

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